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Dezembro de 2018:

Seção mantida apenas para ilustrar o que eram (e prometiam) os tocadores de MP3 antes da era dos smart phones.

Leia-a com cautela; ou melhor: com o olhar da época, pois ainda a mantenho apenas a título de curiosidade.


Junho de 2004

"MP3 player - você ainda vai ter um!"

É tomando emprestado o slogan do governo incentivando a compra do carro a álcool nos anos 80 que inicio este tópico afirmando que mais cedo ou mais tarde, você possuirá (se é que já não tem) um ou mais MP3 players*.

Tanto pode ser um DVD player com suporte a MP3 ou claro, um player portátil, que é afinal o assunto deste artigo.

MP3 on the go

Tudo começou com o já legendário Rio 600 por volta de 1999 quando os fabricantes, de olho no sempre-crescente mercado de áudio portátil, entenderam que muita gente estaria mais do que disposta a pagar (e não pouco) por um aparelho que lhes possibilitasse ouvir suas enormes coleções de MP3 on the go, isto é, caminhando, pedalando, dirigindo...

O que esses consumidores desejavam era desfrutar das principais vantagens do MP3 quando comparado a qualquer das mídias até então disponíveis.
Que vantagens!? PRATICIDADE e VERSATILIDADE, claro!
Algo que até então não havia acontecido na prática com os discos de vinil, fitas cassete, CD, MD e outras mídias mais ou menos populares.

E essa praticidade é levada ao pé da letra quando falamos em MP3 players portáteis.

Podemos resumir os players portáteis disponíveis atualmente no mercado em três categorias:

Solid state players, CD-MP3 players e Hard Disk Players.

Solid State players

Para maratonas de longa distância.

Este tipo de player (e assim era o Rio 600) armazena os MP3 geralmente em cartões de memória flash ou em sua memória ROM - não possuindo portanto, partes móveis.
O que é o fim - depois de anos de tentativas mais ou menos eficientes por parte dos desenvolvedores de CD e MD players - da vulnerabilidade a saltos e solavancos. Seja você adépto das caminhadas no parque aos domingos ou participante assíduo de maratonas de longa distância.

Porém o que seria de se esperar: a limitacão desse tipo de armazenamento - nunca maior que algumas centenas de megabytes.
Considerando-se que um MP3 VBR com uma taxa média de bits de digamos, 200 kps (ver glossário), ocupa cerca de 1,5 Mbyte por minuto de música, não seria necessário ser um gênio para concluir que capacidade de armazenamento não é o forte desse tipo de player. Ficamos assim à merçê dos preços dos cartões de memória e similares, que continuam a baixar leeentamente...

Como não posso definir-me como um fã assíduo de jogging, não vejo muitos atrativos que convençam-me a adquirir um desses players�

Resumo da ópera para Solid state players:

Prós:

  • Portabilidade (já viu o tamanho que uma coisinha dessas pode chegar?);
  • Resistência a saltos e solavancos. Esses sim, Sony, podem ser considerados skip free - não aqueles impopulares ATRAC players que voc&eacirc;s costumam(avam) fazer;
  • Preço - sempre nos patamares mais baixos.

Contra:

  • Capacidade de armazenamento.

 

CD-MP3 players / DVD players compatíveis com MP3

Preços para todos os gostos

A segunda geração de MP3 players portáteis combina capacidade de armazenamento com versatilidade. Basta gravar, "queimar" seus MP3 em CDR's e pronto:
O player tocará as faixas que, lógico são em muito maior quantidade que as de um CD normal - algo entre 100 e 200 músicas em um único CD!
Há ainda a vantagem das tags que, caso bem-feitas, exibirão várias informações sobre cada faixa.

O problema é que você acaba deparando-se com as velhas limitações de um CD player normal: saltos na música, tamanho e (putz!)... ter que carregar CDs para onde for!

Mais um detalhe... dá uma preguiça ter que gravar CDs!! Processo que inevitavelmente gasta tempo, dinheiro e paciência!

...

Eu particularmente já possuí o premiadíssimo Rio Volt SP250. Ele possuía um buffer respeitável que possibilitava-me ouvir MP3 (faixas de CD, nem tanto) com quase nenhum salto. A não ser que a bateria estivesse esgotando-se ou quando eu simplesmente mudasse de faixa e o buffer tivesse que começar a ler aquela faixa.

Se bem que após algumas quedas (e portanto, defeitos) ele acabou tornando-se meu segundo player e confesso que no final usava-o mais como um CD player convencional.
Ainda mais depois de ter adquirido uma Jukebox (ver abaixo).

E quanto a consertá-lo, desistí depois de concluir que aqui na Europa, o suporte da Rio é o pior possível:
mandei mais de um e-mail (o qual nunca deram-se ao trabalho de responder) e inclusive, por não mais fabricar o player (acho) tiraram toda e qualquer referência ao mesmo no site da companhia apenas alguns meses após seu lançamento - um disparate!

Prós:

  • Os 650/700 megabytes em um CD proporcionam relativo conforto no que se refere à capacidade de armazenamento. É realmente um grande avanço em relação ao CD player convencional.
  • Há preço para todos os gostos e bolsos.

Contras:

  • A quase obrigatoriedade de possuir um gravador de CDs;
  • A resistencia a choques é geralmente um tanto precária.
  • Tamanho. - igual ao de qualquer CD player.


Hard Disk Players

"Tudo em um"

Se no tempo dos nossos pais (ou avós para os mais novos) "o nirvana" na sala de estar era possuir uma TV a cores e um "3 em 1", hoje essa elevação espiritual é atingida através de um home theater na sala (ou no seu cômodo preferido) no lugar da TV.

O 3 em 1!? Bem, ele virou um espécie de tudo-em-um num tamanho gigantescamente menor que pode ir no bolso para onde formos ou no carro, para encarar o engarrafamento nosso de cada dia ou ser usado como trilha sonora na estrada.

E é por conta disso que, ao menos aqui no velho continente, a Apple - que de boba não tem nada - vem nos bombardeando com um marketing digno de propaganda de guerra, a respeito de seu tão alardeado iPod.

A exemplo de um amigo meu, muita gente nem sabe ao certo o que é MP3... mas sabe que sua sobrevivência no momento depende de um iPod!

Bem-vindo à terceira categoria de MP3 players: os dotados de disco rígido.

 

"O meu é menor que o seu!"

 

Se a palavra "dotado" lembra-lhe um certo ramo da anatomia, no caso dos MP3 players, essa regra é inversamente proporcional.

Aqui, o quente é dizer: "O meu é menor que o seu!"

Mesmo que alguns nem sejam tão pequenos - por possuírem discos rígidos de laptops.

Os menores, a exemplo do iPod, possuem a princípio discos rígidos especialmente desenvolvidos para eles - uma das razões de seu preço bem mais alto que os que são "um pouquinho" maiores.

Eu timidamente reconheço que o meu é... ops!... maior que a média:

Um Creative Jukebox 3 que, apesar de ser do tamanho um CD player portáil, apresenta um enorme número de recursos, tais como:
saída para até quatro caixas acústicas, gravação de voz direto para MP3, rádio FM e saída ótica. Sem falar na qualidade de áudio que deixa muitos players no chinelo!

No iPod, disco rígidos ainda menores fazem com que essa linha da Apple ofereça os menores players disponíveis nesta categoria no momento. Sem falar no fortíssimo marketing, que faz com que pessoas, a exemplo daquele amigo, desejem de uma hora para outra ter um de qualquer maneira, sem ao menos saber o que os outros tem para oferecer - no caso dos players da Creative e iAudio, muito mais recursos e principalmente, capacidade de armazenamento por um preço bem menor.

Só para se ter uma idéia, um iPod de 20 gigabytes custa, aqui na Inglaterra o mesmo que um Creative Zen, que apesar de possuir menos recursos que o JB3, possui disco de 60 GB e é quase do mesmo tamanho do i-Pod.

Como propaganda é a alma do negócio, a Apple alardeia até mesmo o fato de que o i-Pod pode ser usado como um artigo fashion ou seja, para se mostrar como muita gente faz com seus celulares e câmeras... ai, ai...

 

Capacidade de armazenamento

 

O grande atrativo desse tipo de player está mesmo na tremenda capacidade de armazenamento - ainda mais quando comparado as opções anteriores.

No decorrer do tempo o público passou a apelidá-las de jukeboxes - aquelas máquinas que no tempo dos nossos avós, dispunham de vários bolachões em vinil que tocavam desde o mais novo rock do Elvis à última do Roberto Carlos.

Junte-se à toda essa capacidade o fato de poder-se armazenar qualquer tipo de arquivo além do MP3, como acontece com qualquer HD convencional. O que significa que você pode muito bem usá-lo para assistir a videos ou como um versátil HD removível para aquele inventário da empresa que você insiste (a contra-gosto de sua esposa) em analisar em casa, ou uma arte final em alta resolução para impressão no bureau gráfico e no caminho, acoplá-lo ao acendedor de cigarros do carro e curtir aquele som - tudo no mesmo e diminuto equipamento!

Na minha opinião é com um player desses que usufruímos da característica mais atrativa do MP3 - a portabilidade!

 

Cumprindo a promessa

 

Ocupando espaço muito menor que uma trilha de CD, o MP3 pode, num equipamento desses, finalmente cumprir a promessa de por tudo em um só lugar. É realmente o fim do "tira CD/põe CD" no metrô ou ônibus lotado ou na caminhada no parque ao final do expediente.

Acoplado a um amplificador ou outro equipamento de áudio então, possibilita ao mais radical dos clubbers ser o DJ em uma rave que estenda-se por um final de semana inteiro (haja balinha!) sem ter que jamais trocar CD algum! Que dirá então naquela festa com os amigos! Experiência própria: esse player dá conta do recado!

Um lembrete: ID3 tags bem organizadas fazem a diferença num player com tanto espaço!

 

Prós:

  • Capacidade de armazenamento, que atualmente gira em torno de dezenas de gigabytes, de acordo com o fabricante e modelo;
  • Podermos armazenar arquivos comuns, tais como texto, imagem, etc. Alguns modelos até lêem (e logicamente, exibem) imagens e até vídeo;
  • Praticidade. Já imaginou poder carregar a sua coleção inteira de música na cintura? É o fim das montanhas de CDs que, juntamente com aquela cueca que você nem lembrava que havia derrubado atrás da cama no ano passado, só contribuem para aumentar a bagunça de seu quarto. Ao menos os CDs estão com os dias contados.

 

Contras:

  • Os preços são ainda bastante salgados;
  • Ainda que possuam uma resistência a choque maior que os MP3/CD players, não é aconselhado usá-los durante um jogging. Mas no corre-corre do dia a dia jamais ouvi um salto sequer com o meu.

 

"Você ainda vai ter um"

 

Claro que haverão inovações. Além dos players portáteis citados acima, temos hoje decodificadores MP3 embutidos em DVD players (possuo um de marca quase desconhecida mas que lê qualquer CDR/W), rádios portáteis, celulares e outros formatos mais inusitados, mais parecidos com uma caneta que qualquer outra coisa ainda que, duvido, vejamos geladeiras MP3-compatíveis.

Sem falar nos players para carro, que já viraram moeda comum.

E vale lembrar que a maioria ainda toca outros padrões além do MP3, tais como WAV, FLAC e Ogg Vorbis (uma alternativa) ou WMA (sai fora!).

Portanto, escolha com cautela o seu e comprove que ler o chato do Nilson escrevendo ad nauseam neste site "dê importância à qualidade" realmente compensa! Pois se MP3 made by LAME faz a diferença no computador, não seria diferente com os hardware players.

 

Junho de 2004 (revisado em maio de 2007)


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