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Dezembro de 2018:
Seção mantida apenas para ilustrar o que eram (e prometiam) os tocadores de MP3 antes da era dos smart phones.
Leia-a com cautela; ou melhor: com o olhar da época, pois ainda a mantenho apenas a título de curiosidade.
É tomando emprestado o slogan do governo incentivando a compra do carro a álcool nos anos 80 que inicio este tópico afirmando que mais cedo ou mais tarde, você possuirá (se é que já não tem) um ou mais MP3 players*.
Tudo começou com o já legendário Rio 600 por volta de 1999 quando os fabricantes, de olho no sempre-crescente mercado de áudio portátil, entenderam que muita gente estaria mais do que disposta a pagar (e não pouco) por um aparelho que lhes possibilitasse ouvir suas enormes coleções de MP3 on the go, isto é, caminhando, pedalando, dirigindo...
O que esses consumidores desejavam era desfrutar das principais vantagens
do MP3 quando comparado a qualquer das mídias até então disponíveis.
Que vantagens!? PRATICIDADE e VERSATILIDADE, claro!
Algo que até então não havia acontecido
na prática com os discos de vinil, fitas cassete, CD, MD e outras mídias
mais ou menos populares.
E essa praticidade é levada ao pé da letra quando falamos em MP3 players portáteis.
Podemos resumir os players portáteis disponíveis atualmente no mercado em três categorias:
Este tipo de player (e assim era o Rio 600) armazena os MP3
geralmente em cartões de memória flash ou em sua memória ROM - não
possuindo portanto, partes móveis.
O que é o fim - depois de anos de
tentativas mais ou menos eficientes por parte dos desenvolvedores de CD e MD players - da
vulnerabilidade a saltos e solavancos. Seja você adépto das caminhadas no parque
aos domingos ou participante assíduo de maratonas de longa distância.
Porém o que seria de se esperar: a limitacão desse tipo de armazenamento -
nunca maior que algumas centenas de megabytes.
Considerando-se que um MP3 VBR com uma taxa
média de bits de digamos, 200 kps (ver glossário), ocupa cerca de 1,5 Mbyte por minuto de música,
não seria necessário ser um gênio para concluir que capacidade de
armazenamento não é o forte desse tipo de player.
Ficamos assim à merçê dos preços dos cartões de
memória e similares, que continuam a baixar leeentamente...
Como não posso definir-me como um fã assíduo de jogging, não vejo muitos atrativos que convençam-me a adquirir um desses players�
Resumo da ópera para Solid state players:
Prós:
Contra:
A segunda geração de MP3 players portáteis combina capacidade de
armazenamento com versatilidade. Basta gravar, "queimar" seus MP3 em CDR's e pronto:
O player tocará
as faixas que, lógico são em muito maior quantidade que as de um CD normal - algo
entre 100 e 200 músicas em um único CD!
Há ainda a vantagem das tags que, caso
bem-feitas, exibirão várias informações sobre cada faixa.
O problema é que você acaba deparando-se com as velhas limitações de um CD player normal: saltos na música, tamanho e (putz!)... ter que carregar CDs para onde for!
Mais um detalhe... dá uma preguiça ter que gravar CDs!! Processo que inevitavelmente gasta tempo, dinheiro e paciência!
...
Eu particularmente já possuí o premiadíssimo Rio Volt SP250. Ele possuía
um buffer respeitável que possibilitava-me ouvir MP3 (faixas de CD, nem tanto) com quase
nenhum salto. A não ser que a bateria estivesse esgotando-se ou quando eu simplesmente
mudasse de faixa e o buffer tivesse que começar a ler aquela faixa.
Se bem que após algumas quedas (e portanto, defeitos) ele acabou tornando-se meu segundo
player e confesso que no final usava-o mais como um CD player convencional.
E quanto a consertá-lo, desistí depois de concluir que aqui na Europa, o
suporte da Rio é o pior possível:
Ainda mais depois de ter adquirido uma Jukebox (ver abaixo).
mandei mais de um e-mail (o qual nunca deram-se ao trabalho de responder) e inclusive,
por não mais fabricar o player (acho) tiraram toda e qualquer referência ao mesmo
no site da companhia apenas alguns meses após seu lançamento - um disparate!
Prós:
Contras:
Se no tempo dos nossos pais (ou avós para os mais novos) "o nirvana" na sala de estar era possuir uma TV a cores e um "3 em 1", hoje essa elevação espiritual é atingida através de um home theater na sala (ou no seu cômodo preferido) no lugar da TV.
O 3 em 1!? Bem, ele virou um espécie de tudo-em-um num tamanho gigantescamente menor que pode ir no bolso para onde formos ou no carro, para encarar o engarrafamento nosso de cada dia ou ser usado como trilha sonora na estrada.
E é por conta disso que, ao menos aqui no velho continente, a Apple - que
de boba não tem nada - vem nos bombardeando com um marketing digno de propaganda de guerra,
a respeito de seu tão alardeado iPod.
A exemplo de um amigo meu, muita gente nem sabe ao certo o que é MP3... mas sabe que
sua sobrevivência no momento depende de um iPod!
Bem-vindo à terceira categoria de MP3 players: os dotados de disco rígido.
"O meu é menor que o seu!"
Aqui, o quente é dizer: "O meu é menor que o seu!"
Mesmo que alguns nem sejam tão pequenos - por possuírem discos rígidos de
laptops. Os menores, a exemplo do iPod, possuem a princípio discos rígidos
especialmente desenvolvidos para eles - uma das razões de seu preço bem mais alto
que os que são "um pouquinho" maiores.
Eu timidamente reconheço que o meu é... ops!... maior que a média: Um
Creative Jukebox 3 que, apesar de ser do tamanho um CD player portáil, apresenta um
enorme número de recursos, tais como: No iPod, disco
rígidos ainda menores fazem com que essa linha da Apple ofereça os menores
players disponíveis nesta categoria no momento. Sem falar no fortíssimo marketing,
que faz com que pessoas, a exemplo daquele amigo, desejem de uma hora para outra ter um de
qualquer maneira, sem ao menos saber o que os outros tem para oferecer - no caso dos players da
Creative e iAudio, muito mais recursos e principalmente, capacidade de armazenamento por um preço
bem menor.
Só para se ter uma idéia, um iPod de 20 gigabytes custa, aqui na
Inglaterra o mesmo que um Creative Zen, que apesar de possuir menos recursos que o JB3, possui
disco de 60 GB e é quase do mesmo tamanho do i-Pod.
Como propaganda é a alma
do negócio, a Apple alardeia até mesmo o fato de que o i-Pod pode ser usado como
um artigo fashion ou seja, para se mostrar como muita gente faz com seus celulares e câmeras...
ai, ai...
Capacidade de armazenamento
No decorrer do tempo o público passou a apelidá-las de jukeboxes - aquelas
máquinas que no tempo dos nossos avós, dispunham de vários bolachões
em vinil que tocavam desde o mais novo rock do Elvis à última do Roberto Carlos.
Junte-se à toda essa capacidade o fato de poder-se armazenar qualquer tipo de arquivo
além do MP3, como acontece com qualquer HD convencional. O que significa que você
pode muito bem usá-lo para assistir a videos ou como um versátil HD removível para aquele
inventário da empresa que você insiste (a contra-gosto de sua esposa) em analisar
em casa, ou uma arte final em alta resolução para impressão no bureau
gráfico e no caminho, acoplá-lo ao acendedor de cigarros do carro e curtir aquele
som - tudo no mesmo e diminuto equipamento! Na minha opinião é com um player desses que usufruímos da
característica mais atrativa do MP3 - a portabilidade! Cumprindo a promessa
Ocupando espaço muito menor que uma trilha de CD, o MP3 pode, num equipamento desses,
finalmente cumprir a promessa de por tudo em um só lugar.
É realmente o fim do "tira CD/põe CD" no metrô ou ônibus lotado ou
na caminhada no parque ao final do expediente. Acoplado a um amplificador ou outro equipamento de áudio então, possibilita ao
mais radical dos clubbers ser o DJ em uma rave que estenda-se por um final de
semana inteiro (haja balinha!) sem ter que jamais trocar CD algum! Que dirá então naquela festa
com os amigos! Experiência própria: esse player dá conta do recado! Um lembrete: ID3 tags bem organizadas fazem a diferença num player com tanto espaço! Prós: Contras: "Você ainda vai ter um" Claro que haverão
inovações. Além dos players portáteis citados acima, temos hoje
decodificadores MP3 embutidos em DVD players (possuo um de marca quase desconhecida mas que
lê qualquer CDR/W), rádios portáteis, celulares e outros formatos mais
inusitados, mais parecidos com uma caneta que qualquer outra coisa ainda que, duvido, vejamos
geladeiras MP3-compatíveis. Sem falar nos players para carro, que já viraram moeda comum. E vale lembrar que a maioria ainda toca outros padrões além do MP3, tais como
WAV, FLAC e Ogg Vorbis (uma alternativa) ou WMA (sai fora!). Portanto, escolha com cautela o seu e comprove que ler o chato do Nilson escrevendo ad nauseam neste site "dê importância à qualidade" realmente compensa! Pois se MP3 made by LAME faz a diferença no computador, não seria diferente com os hardware players. Junho de 2004 (revisado em maio de 2007)
saída para até quatro caixas acústicas, gravação
de voz direto para MP3, rádio FM e saída ótica. Sem falar na qualidade de
áudio que deixa muitos players no chinelo!
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