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São 4 os mandamentos para obtermos um MP3 de alta qualidade:

  1. "Usarás um ripper eficaz!"


  2. "Não codificarás vossos MP3 à famigerada taxa de bits fixa (CBR) de 128 kbps!"


  3. "Não usarás falsos CODECs"


  4. "Honrarás vossos ouvidos utilizando MP3 players que façam jus à qualidade"






  5. I - "Usarás um ripper eficaz!"

    Use um ripper que extraia arquivos WAV das trilhas do CD de áudio realmente iguais ao CD original. E nenhum outro ripper faz isso melhor que o Exact Audio Copy.

    Se usado com a opção "Secure Mode", o EAC copia trecho por trecho da trilha do CD quantas vezes forem necessárias até que as várias amostras copiadas sejam exatamente idênticas, passando assim, para o trecho seguinte até que toda a trilha esteja copiada em um arquivo WAV até onde sei, perfeito!

    Obviamente esse processo extrai-verifica-copia é um pouco mais demorado que o utilizado pela maioria dos outros rippers - já que a maioria copia em "Burst Mode" - que nada mais á que uma cópia analógica e não digital como a do nosso amigo EAC. Se bem que o EAC também oferece essa opção - fuja dela como o vampiro da luz!

    Portanto nada de pressa na hora de "ripar" CDs! Afinal nosso objetivo aqui é obter MP3 de qualidade, não é mesmo? Na seção "Instalando-as" explico como configurar o EAC para obter a melhor cópia possível do CD.

    II - "Não codificarás vossos MP3 à famigerada taxa de bits fixa (CBR) de 128 kbps!"

    Se você leu este artigo até aqui, é porque realmente deseja obter qualidade.
    Com esse intuito diga portanto adeus à taxa de bits fixa (Constant Bit Rate - CBR) e dê as boas-vindas à taxa de bits variável (Variable Bit Rate - VBR).

    Em equipamentos de áudio modestos, até que um MP3 CBR de 128 kbps "engana".
    Como já disse porém, se você não deseja decepcionar-se com sua adorada coleção de MP3 em um futuro próximo - quando dispor de um equipamento de áudio mais avançado - livre-se o quanto antes de codificação CBR e comece a codificar seus MP3 em VBR - depois não vá dizer que eu não avisei...

    Naturalmente, quando comparado ao CBR de 128kbps, o tamanho do arquivo é maior - pois a taxa de compressão que a 128 kbps é de 12:1 (isto é, o MP3 resultante é 12 vezes menor que o WAV original) é bem menor em VBR.

    Na verdade é impossível prevermos qual será o tamanho final de um MP3 VBR antes de finalizada a codificação. Pois o encoder, quando compactando em VBR, calcula cada trecho do WAV - seguindo as leis da psicoacústica embutidas dentro do encoder - e determina qual a taxa de bits (kbps) ideal daquele trecho (frame).

    Entendeu o porquê de se usar VBR?
    Só assim obtem-se um MP3 que, conforme a complexidade do áudio original, será codificado a taxas tão baixas quanto 64kbps, no caso de um trecho menos complexo (do ponto de vista do codec) a até 320 kbps no caso de um trecho mais complexo.

    Pense bem: Mesmo codificando em CBR em taxas de bits maiores - digamos, 256 ou 320kbps, o tamanho final do arquivo será bem maior que o de um VBR codificado do mesmo WAV e com qualidade muitas vezes melhor que 256kbps e igual a 320kbps. E lógico, no caso da taxa fixa de 256 kbps, o arquivo, mesmo sendo maior que um VBR, de maneira alguma alcançará os 320 kbps que o VBR pode alcançar.



    III - "Não usarás falsos codecs!"

    Use o LAME - e não se fala mais nisso!

    Desapontado por não ser o seu CODEC preferido? Ou o itunes ou Media Player que você tem usando recentemente para codificar MP3 e considera-o relativemente bom!?

    É uma pena. Pois lembre-se: vamos fazer MP3 em taxa de bits variável (VBR). E só o LAME é competente o suficiente para essa tarefa.

    Encoder? Codec? O que é isso? Vamos lá:

    Encoder - programa que transforma o arquivo com extensão WAV gerado pelo "ripper" em um arquivo compacto com - dependendo da competência do encoder - a mesma qualidade do WAV.

    A grosso modo o encoder é um front end para um poderoso algoritmo - o codec - que, quando compactando um WAV para MP3, identifica nesse WAV gerado a partir da trilha do CD, dentre outras coisas:
    certas freq�ências altas ou baixas demais para serem detectadas pelo sistema auditivo humano - sendo inaudíveis, são portanto descartáveis.

    O arquivo de som reconstruído é por sua vez, diferente do original, porém soa aos nossos ouvidos idêntico ao WAV que por sua vez soa idêntico à trilha do CD.
    Tudo isso dependendo diretamente da maior ou menor taxa de compressão aplicada ao arquivo e lógico, da competência do encoder em determinar quantos kilobits destinar aquele trecho.

    Como a taxa de compressão é algo não bem mensurável, convencionou-se usar o termo taxa de bits (bitrate, em inglês) quando referindo-se à intensidade da compressão. A taxa de bits refere-se à quantidade média de bits que um segundo de áudio consome e normalmente é contada em kbps.

    A título de curiosidade, num CD, a taxa de bits pode chegar 1.411 kbps e em DVD atinge um número bem maior ainda!

    Esse processo de compressão de áudio, patenteado em meados dos anos 80 pelo Instituto Fraunhofer da Alemanha (IIS), tem o pomposo nome de ISO-MPEG Audio Layer-3 (IS 11172-3 and IS 13818-3) e com a popularização na Web passou a ser conhecido como MP3.
    Acontece que o CODEC original do Instituto Fraunhofer era até a princípio o melhor de todos os algoritmos (codecs), diga-se de passagem.
    No entanto requeria o pagamento de direiros autorais pelo seu uso por outros desenvolvedores de encoders para MP3, por ser patenteado.

    Assim surgiram outras alternativas criadas nos laboratórios de outras empresas seguindo, à sua maneira, as regras do padrão MP3, como havia feito o Instituto Fraunhoffer.
    As mais usadas pelos vários encoders disponíveis são L3Enc2.0 e Xing. Particularmente não conheço a primeira , mas evite usar encoders/players baseados no Xing - tais como Audio Catalyst e Real Player. O Xing tende a eliminar trechos que fazem falta sim no arquivo MP3 resultante. Pois seu algoritmo tira, dentre outras coisas, a "ambientação" da música deixando o MP3 com aquele horrível som de "lixando a parede" de fundo, tornando-o desagradável de se ouvir mesmo em um aparelho estéreo doméstico.



    IV - "Honrarás vossos ouvidos utilizando tocadores MP3 (software ou hardware) que façam jus à qualidade"

    Óbvio. De nada adianta seguir à risca os três primeiros mandamentos e terminar com um MP3 excelente mas no final das contas reproduzi-lo em um tocador que não aproveite a qualidade obtida.

    Nem todos se dão conta, mas quando um MP3 player reproduz (toca) um MP3, ele está, antes de mais nada, fazendo justamente o contrário do que o encoder fez: Ele temporariamente DECODIFICA o que lê do MP3 (frame a frame) para um arquivo WAV. Pois só assim a música ou o que quer que esteja sendo tocado, será realmente interpretada pelo processador da placa de som de seu computador.
    Eis porque algumas pessoas referem-se aos players como "decoders", isto é, decodificadores.

    Lembre-se que o encoder, quando criou o MP3 fez o oposto: codificou o WAV para MP3 só que uma única vez. Já o player, decodifica de MP3 para WAV(sem alterar o MP3 original) toda vez que executa-o.

    A boa notícia é que neste final de década, em 2019, apesar de eu particularmente usar o foobar2000, tanto para o computador como para meu fone Android é que o faço mais pelas características deste tocador que pela qualidade em si.
    Portanto, se durante a primeira década de existência deste site recomendava o bom e velho Winamp, hoje trata-se mais de preferência pessoal que qualquer outra coisa.

    Ufa!
    Estes são que considero os quatro mandamentos básicos para obtermos qualidade em MP3. As duas próximas páginas mostram como baixar e configurar os programas aqui recomendados.


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